Essa entrevista eu ida dar prum blog. Mas não rolou.
Mas queria compartilhar com vocês.
Assim, bem selfish.
Por que eu escrevo?
A arte para mim é algo fundamental para vida de um humano saudável. A ausência de contato com a arte gera uma desnutrição espiritual. Pão e circo, na melhor acepção do conceito. Sem arte as pessoas são mais murchas, burras, cinzas. E não estou falando só das grandes artes, estou falando de um forró no fim de semana, de uma exposição gratuita sobre algo em algum SESC, ou Centro Cultural Popular, um sarau, um show. Qualquer coisa que faça o indivíduo entender nossa diferença dos outros animais, onde ela assenta. Eu sempre tive isso comigo, sempre.
Mas por que a Literatura?
Eu queria ser ator. Sempre fui dramático. Mas impedimentos astrológicos-intestinais me fizeram desistir da idéia. A coletividade que o teatro exige esbarra no vicio de alguns, desde o tempo de escola, que queriam ser globais, tinham aquilo no sangue e você ali porque precisava ficar menos louco, a arte é o tarja preta de menor custo. Eu ficava encabulado, era cerceado pelos humores de grandeza. Eu sempre fui bem bobão, gordo, daqueles tontos e não tinha jeito, o talento e a necessidade eram pisoteados por tudo isso e eu ficava sufocado. Se fosse hoje... abri mão, então, mas ainda vou encenar um monólogo e me apresentar de Drag Queen.
Então foi a música. Os violões eram duros demais pros meus dedos, segundo o professor, o teclado era confuso. Eu queria cantar, meu pai cantava na igreja, o pai dele cantava em coral. Mas e a voz? Era uma voz como qualquer outra, sem força, sem maravilha. E um vocalista gordo, nunca foi muito bem aceito. O canto foi pelo ralo.
Então foi o desenho. A pintura. Nessa eu me dei bem por um tempo, acho que foi o que cheguei mais perto de amar mesmo. Mas, então, esbarrei em uma coisa que a maioria esbarra na escola, a idéia de que desenhar, pintar é realismo. E tem que saber desenhar como Alex Ross, sabe? Renascentista. Não deve haver deformidade, nada. O que é uma tolice danada. Mas então o estrago já estava feito, eu e minha moral baixa nos demos as mãos e fomos embora das aulas proveitosas de desenho. A professora tentou desfazer aquele impressão, mas os outros alunos eram muito bons pros meus rabiscos. Como eu disse, sempre tolo.
Então veio a Literatura, num livro de Loyola Brandão, Cadeiras Proibidas. Que era aquilo? Que mundo era aquele? Santo Deus. Eu já lia muito. Pedro Bandeira, Marcos Rey. Mas aquele negócio era diferente. Cadeiras proibidas pelo governo. Orelhas que começavam a crescer e não paravam mais. Um homem que via o filho sendo devorado por um lagarto e nada dizia. Mas, o que mais me deixou tonto, era o menor deles, um homem que se endereçava, se colocava num envelope, se mandava pelo correio e a carta era extraviada. Nunca mais encontrada. Ele se perdia. Fiquei assim, pensando no elefante que passa por baixo da porta, sabe? Dentro do envelope, entende?
Então eu fui, de forma irregular por autores nacionais e internacionais. Literatura em voz alta (Machado, Graciliano, Clarice) e em voz baixa, literatura POP que perdi de vista. O POP é bom, a leitura best-seller, é como um sal de fruta.
A arte estava na minha vida, eu diminuía as idas ao psiquiatra. Mas não acabava com elas. E foi duas coisas que se misturaram que me fizeram começar a experimentar fazer literatura, em voz baixa, claro. Primeiro foi o RPG, eu jogava muito, e aquelas histórias todas que eu inventava com meus amigos, um bando de japoneses loucos, eram bem boas, no final. E eles diziam, devíamos escrever isso. Sonho, assim, pra ser cineasta, sabe? E depois, foi uma terapeuta que me mandou fazer um diário. Pronto. Eu comecei a misturar fantasia com realidade, com amores que não se concretizavam e MUITA poesia ruim. Santo Deus, eram ruins mesmo. A terapeuta achava tudo muito divertido, eu podia ou não ler para ela, mas eu lia, acho que era a vontade de já ser publicado misturado com o drama. E como eu escrevia mal! Casa com “z”, “pra mim fazer”, incoerências tristes e vai ladeira pra baixo. Mas a mosquinha azul tinha feito mais uma vítima.
As palavras eram acessíveis. Eu não precisava de tinta, de ensaio. Era só escrever. E era solitário, assim, sem precisar agüentar ninguém no meu ouvido. E eu tinha jeito com aquilo, tudo bem, eu melhorava o texto quando lia em voz alta e meus leitores não eram nada exigentes. Foi a melhor fase da minha literatura. Eu fazia por diversão. Eu fazia porque era a coisa mais importante da minha vida. Muitos autores vivem a vida toda assim, alguns são agraciados com talento e o texto deles nasce pronto, outros, como eu, precisam de trabalho, mas não reconhecem isso nunca.
A faculdade veio me fazer reconhecer, veio tirar a ingenuidade da ação. Descobri que escrevia errado pra caramba e que meus textos não tinham sentido algum. Que eram pobres, sem cor. Eu reduzi a produção, mas o lado bom é que comecei a publicar. Uma professora, Beth Cury, me pegou pela mão e eu fui indo. Já não era o texto espontâneo, era o texto pensado, era a Literatura engatinhando em mim. Sem eu ao menos saber disso. Tem coisas boas que produzi na época, ideias boas, muito, mas são mal escritas ainda, um dia quero reescrevê-las.
Então parei e perguntei, afinal, o que quero com isso? Por que estou publicando? Por que estou trabalhando os textos e não só colocando para fora? Quero ser escritor? E fui fazer oficinas, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira, Octavio Cariello. Grandes mestres que só ajudavam a reforçar a pergunta "O que você quer dizer com isso?". Tudo em busca da tal voz, da tal razão. Vou te dizer, até hoje não tenho resposta alguma. Eu sou um Professor de escola publica em busca de uma profissão que ainda não encontrei. Talvez faça faculdade de psicologia, ano que vem. Sou editor, meio que por sorte. E escrevo, escrevo porque preciso para não pirar. Tenho uns dois romances prontos, um monte de conto escrito. Poemas, minicontos. Mas publico muito pouco, só quando sou convidado, ou quando alguém diz “publica isso aqui”. Isso porque, quando me pergunto, o que tenho a dizer que só eu posso dizer? Ou, o que há de novo no meu jeito de dizer que valha a pena gastar meia dúzia de folhas? Quando faço essa pergunta, não encontro resposta satisfatória.
Escrever parece fácil, com eu disse, basta um editor de texto e temos um escritor. Mas não é não. É coisa difícil demais, porque quase tudo já foi dito e nada mais parece novidade. A palavra ela é um signo arcaico, mas tão mutante quanto a tinta, que hoje é digital. A Literatura é uma arte da cabeça, sabe? A música vem da alma, as artes plásticas do instinto, mas a Literatura, ela vem do homem, social, cultural, alfabetizado. Ela é dura. Você lê o que quer, e nisso ela é generosa, mas você nem sempre alcança o que lê, entende, e na hora de escrever então, é o que pode. E vem a frustração, a dor de não conseguir dizer. Como naqueles sonhos em que quer gritar e ninguém te ouve. Sabe? Em minha opinião, não é você que diz que é Escritor, é o outro. Entre ter uma relação com a Arte e ser Artista, há um hiato.
Meus textos?
Eles sempre caminham para o bizarro, ou para afrontar a ausência de espanto que as pessoas tem na era moderna. O eterno blasé. Tanta gente morre, tanto estupro, tudo é um absurdo, o som sempre está alto e por conta disso ninguém se espanta mais com nada, se condói. As pessoas, todas elas, falam ao mesmo tempo, ninguém se ouve. Eu gosto de falar disso.
O primeiro texto que publiquei era a história de uma velha que sempre vai à igreja pedir um milagre, pedir que Deus fale. Um dia ele fala e ela morre do coração de susto. E me pergunto, será que estamos preparados pra fazer contato? Queremos mesmo saber o que Deus tem pra dizer? Estamos presos em costumes sem sentido, que não questionamos e os dias vão indo. Não nos movemos por mais nada, sabe? Tem outro, que uma mãe, presa com o filho em um cativeiro, sem comida, acaba comendo o menino depois que ele morre. Ela resiste, mas acaba cedendo. Logo que ela come o resgate chega. É para falar de até onde agüentamos, de esperança. Sei lá. Estou procurando o caminho. Tenho um romance, Talvez, a história de um cara que conhece uma garota, no mesmo dia ela morre. Nem duas horas de contato com ela e ele já fica apaixonado, dessas coisas loucas que acontecem, mas ela morre, um tiro na cabeça. O livro é a busca dele por ela. Essa mulher idealizada. É de como uma idéia fixa pode nos tirar do eixo, ou nos dar a razão que precisávamos para sair do eixo. Eu pretendo um dia publicar essa história, compartilhar ela. Depois que terminar o mestrado, quem sabe. Isso se eu não voltar pro desenho, pro drama. Canto.
A arte para mim é algo fundamental para vida de um humano saudável. A ausência de contato com a arte gera uma desnutrição espiritual. Pão e circo, na melhor acepção do conceito. Sem arte as pessoas são mais murchas, burras, cinzas. E não estou falando só das grandes artes, estou falando de um forró no fim de semana, de uma exposição gratuita sobre algo em algum SESC, ou Centro Cultural Popular, um sarau, um show. Qualquer coisa que faça o indivíduo entender nossa diferença dos outros animais, onde ela assenta. Eu sempre tive isso comigo, sempre.
Mas por que a Literatura?
Eu queria ser ator. Sempre fui dramático. Mas impedimentos astrológicos-intestinais me fizeram desistir da idéia. A coletividade que o teatro exige esbarra no vicio de alguns, desde o tempo de escola, que queriam ser globais, tinham aquilo no sangue e você ali porque precisava ficar menos louco, a arte é o tarja preta de menor custo. Eu ficava encabulado, era cerceado pelos humores de grandeza. Eu sempre fui bem bobão, gordo, daqueles tontos e não tinha jeito, o talento e a necessidade eram pisoteados por tudo isso e eu ficava sufocado. Se fosse hoje... abri mão, então, mas ainda vou encenar um monólogo e me apresentar de Drag Queen.
Então foi a música. Os violões eram duros demais pros meus dedos, segundo o professor, o teclado era confuso. Eu queria cantar, meu pai cantava na igreja, o pai dele cantava em coral. Mas e a voz? Era uma voz como qualquer outra, sem força, sem maravilha. E um vocalista gordo, nunca foi muito bem aceito. O canto foi pelo ralo.
Então foi o desenho. A pintura. Nessa eu me dei bem por um tempo, acho que foi o que cheguei mais perto de amar mesmo. Mas, então, esbarrei em uma coisa que a maioria esbarra na escola, a idéia de que desenhar, pintar é realismo. E tem que saber desenhar como Alex Ross, sabe? Renascentista. Não deve haver deformidade, nada. O que é uma tolice danada. Mas então o estrago já estava feito, eu e minha moral baixa nos demos as mãos e fomos embora das aulas proveitosas de desenho. A professora tentou desfazer aquele impressão, mas os outros alunos eram muito bons pros meus rabiscos. Como eu disse, sempre tolo.
Então veio a Literatura, num livro de Loyola Brandão, Cadeiras Proibidas. Que era aquilo? Que mundo era aquele? Santo Deus. Eu já lia muito. Pedro Bandeira, Marcos Rey. Mas aquele negócio era diferente. Cadeiras proibidas pelo governo. Orelhas que começavam a crescer e não paravam mais. Um homem que via o filho sendo devorado por um lagarto e nada dizia. Mas, o que mais me deixou tonto, era o menor deles, um homem que se endereçava, se colocava num envelope, se mandava pelo correio e a carta era extraviada. Nunca mais encontrada. Ele se perdia. Fiquei assim, pensando no elefante que passa por baixo da porta, sabe? Dentro do envelope, entende?
Então eu fui, de forma irregular por autores nacionais e internacionais. Literatura em voz alta (Machado, Graciliano, Clarice) e em voz baixa, literatura POP que perdi de vista. O POP é bom, a leitura best-seller, é como um sal de fruta.
A arte estava na minha vida, eu diminuía as idas ao psiquiatra. Mas não acabava com elas. E foi duas coisas que se misturaram que me fizeram começar a experimentar fazer literatura, em voz baixa, claro. Primeiro foi o RPG, eu jogava muito, e aquelas histórias todas que eu inventava com meus amigos, um bando de japoneses loucos, eram bem boas, no final. E eles diziam, devíamos escrever isso. Sonho, assim, pra ser cineasta, sabe? E depois, foi uma terapeuta que me mandou fazer um diário. Pronto. Eu comecei a misturar fantasia com realidade, com amores que não se concretizavam e MUITA poesia ruim. Santo Deus, eram ruins mesmo. A terapeuta achava tudo muito divertido, eu podia ou não ler para ela, mas eu lia, acho que era a vontade de já ser publicado misturado com o drama. E como eu escrevia mal! Casa com “z”, “pra mim fazer”, incoerências tristes e vai ladeira pra baixo. Mas a mosquinha azul tinha feito mais uma vítima.
As palavras eram acessíveis. Eu não precisava de tinta, de ensaio. Era só escrever. E era solitário, assim, sem precisar agüentar ninguém no meu ouvido. E eu tinha jeito com aquilo, tudo bem, eu melhorava o texto quando lia em voz alta e meus leitores não eram nada exigentes. Foi a melhor fase da minha literatura. Eu fazia por diversão. Eu fazia porque era a coisa mais importante da minha vida. Muitos autores vivem a vida toda assim, alguns são agraciados com talento e o texto deles nasce pronto, outros, como eu, precisam de trabalho, mas não reconhecem isso nunca.
A faculdade veio me fazer reconhecer, veio tirar a ingenuidade da ação. Descobri que escrevia errado pra caramba e que meus textos não tinham sentido algum. Que eram pobres, sem cor. Eu reduzi a produção, mas o lado bom é que comecei a publicar. Uma professora, Beth Cury, me pegou pela mão e eu fui indo. Já não era o texto espontâneo, era o texto pensado, era a Literatura engatinhando em mim. Sem eu ao menos saber disso. Tem coisas boas que produzi na época, ideias boas, muito, mas são mal escritas ainda, um dia quero reescrevê-las.
Então parei e perguntei, afinal, o que quero com isso? Por que estou publicando? Por que estou trabalhando os textos e não só colocando para fora? Quero ser escritor? E fui fazer oficinas, Marcelino Freire, Nelson de Oliveira, Octavio Cariello. Grandes mestres que só ajudavam a reforçar a pergunta "O que você quer dizer com isso?". Tudo em busca da tal voz, da tal razão. Vou te dizer, até hoje não tenho resposta alguma. Eu sou um Professor de escola publica em busca de uma profissão que ainda não encontrei. Talvez faça faculdade de psicologia, ano que vem. Sou editor, meio que por sorte. E escrevo, escrevo porque preciso para não pirar. Tenho uns dois romances prontos, um monte de conto escrito. Poemas, minicontos. Mas publico muito pouco, só quando sou convidado, ou quando alguém diz “publica isso aqui”. Isso porque, quando me pergunto, o que tenho a dizer que só eu posso dizer? Ou, o que há de novo no meu jeito de dizer que valha a pena gastar meia dúzia de folhas? Quando faço essa pergunta, não encontro resposta satisfatória.
Escrever parece fácil, com eu disse, basta um editor de texto e temos um escritor. Mas não é não. É coisa difícil demais, porque quase tudo já foi dito e nada mais parece novidade. A palavra ela é um signo arcaico, mas tão mutante quanto a tinta, que hoje é digital. A Literatura é uma arte da cabeça, sabe? A música vem da alma, as artes plásticas do instinto, mas a Literatura, ela vem do homem, social, cultural, alfabetizado. Ela é dura. Você lê o que quer, e nisso ela é generosa, mas você nem sempre alcança o que lê, entende, e na hora de escrever então, é o que pode. E vem a frustração, a dor de não conseguir dizer. Como naqueles sonhos em que quer gritar e ninguém te ouve. Sabe? Em minha opinião, não é você que diz que é Escritor, é o outro. Entre ter uma relação com a Arte e ser Artista, há um hiato.
Meus textos?
Eles sempre caminham para o bizarro, ou para afrontar a ausência de espanto que as pessoas tem na era moderna. O eterno blasé. Tanta gente morre, tanto estupro, tudo é um absurdo, o som sempre está alto e por conta disso ninguém se espanta mais com nada, se condói. As pessoas, todas elas, falam ao mesmo tempo, ninguém se ouve. Eu gosto de falar disso.
O primeiro texto que publiquei era a história de uma velha que sempre vai à igreja pedir um milagre, pedir que Deus fale. Um dia ele fala e ela morre do coração de susto. E me pergunto, será que estamos preparados pra fazer contato? Queremos mesmo saber o que Deus tem pra dizer? Estamos presos em costumes sem sentido, que não questionamos e os dias vão indo. Não nos movemos por mais nada, sabe? Tem outro, que uma mãe, presa com o filho em um cativeiro, sem comida, acaba comendo o menino depois que ele morre. Ela resiste, mas acaba cedendo. Logo que ela come o resgate chega. É para falar de até onde agüentamos, de esperança. Sei lá. Estou procurando o caminho. Tenho um romance, Talvez, a história de um cara que conhece uma garota, no mesmo dia ela morre. Nem duas horas de contato com ela e ele já fica apaixonado, dessas coisas loucas que acontecem, mas ela morre, um tiro na cabeça. O livro é a busca dele por ela. Essa mulher idealizada. É de como uma idéia fixa pode nos tirar do eixo, ou nos dar a razão que precisávamos para sair do eixo. Eu pretendo um dia publicar essa história, compartilhar ela. Depois que terminar o mestrado, quem sabe. Isso se eu não voltar pro desenho, pro drama. Canto.
Atualmente?
Lancei um romance que escrevi com três amigos, A Tríade. Foi muito divertido. É uma história bem contada, com tudo que a gente gosta.
E tem um conto, O Vão, num livro que organizei com Nelson de Oliveira, chamado Mecanismos Precários. O livro reúne os alunos e professores da primeira turma do curso de Prática de Escrita, que coordenado no Espaço Terracota. Os contos reunidos são ótimos, e tiram a pele e expõe a carne da metrópole, com todas as suas pirações e crueldades.
Estou tentando terminar dois contos, para a Coleção Imaginários da editora Draco e para a última edição da Revista Portal. Que os deuses me ajudem.
Sonho?
E tem um conto, O Vão, num livro que organizei com Nelson de Oliveira, chamado Mecanismos Precários. O livro reúne os alunos e professores da primeira turma do curso de Prática de Escrita, que coordenado no Espaço Terracota. Os contos reunidos são ótimos, e tiram a pele e expõe a carne da metrópole, com todas as suas pirações e crueldades.
Estou tentando terminar dois contos, para a Coleção Imaginários da editora Draco e para a última edição da Revista Portal. Que os deuses me ajudem.
Sonho?
Dentro desse universo. Meu sonho é ser bom em alguma coisa. Encontrar uma profissão, um talento escondido. Algo pra dizer. Um jeito de dizer. Estou buscando.
9 comentários:
Li tudinho.
Como a gente escreve bem quando se abre, né?
Todo texto flui quando se conhece bem do que se está falando.
Esses textos confessionais são a essência da boa literatura.
Continue nesse campo que, aqui, o desafinado se corrige antes de lançar o canto; aqui, a deformidade do traço é a marca do artista; aqui, o drama é solitário, não se tem platéia nem direção. Neste palco, você se encontrará sempre disposto e vivo, até quando se esta morto, porque você tem, eu vejo, essa coisa dentro de si. Você tem aquela obstinação que move a mão daqueles que se embrenham na fábrica do Belo Ofício.
Siga em frente
Beijos
Kizzy
Siga, siga, siga!!!
Como isso aqui tá bonito!
Bisou.
hqxuzzugzgrbmxecujbk, justin bieber baby, avrqgfl.
É a busca, sempre!
Tá vendo... Escritor dando entrevista por escrito é sempre assim: páginas e mais páginas para a resposta... huahahuahuahua
Mas nosso mundo é esse mesmo, uai... Vambora!
To be a adroit charitable being is to procure a amiable of openness to the mankind, an cleverness to group uncertain things beyond your own pilot, that can govern you to be shattered in unequivocally exceptionally circumstances on which you were not to blame. That says something uncommonly impressive about the prerequisite of the honest passion: that it is based on a corporation in the up in the air and on a willingness to be exposed; it's based on being more like a shop than like a treasure, something somewhat feeble, but whose acutely item attraction is inseparable from that fragility.
Claudio como me identifiquei com sua entrevista/depoimento. Cara, escrevo por necessidade quase fisiológica. Não tenho técnica, nem conhecimento (por isso estou fazendo o curso né?) mas escrever é o máximo. Adorei seu espaço. Um dia a gente encontra nosso lugar.
Bjs
To be a adroit charitable being is to be enduring a amiable of openness to the far-out, an cleverness to group unsure things beyond your own control, that can front you to be shattered in very extreme circumstances for which you were not to blame. That says something uncommonly impressive about the prerequisite of the honest passion: that it is based on a conviction in the fitful and on a willingness to be exposed; it's based on being more like a weed than like a sparkler, something rather fragile, but whose extremely precise attractiveness is inseparable from that fragility.
Advice in old age is foolish; for what can be more absurd than to increase our provisions for the road the nearer we approach to our journey's end.
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Watches
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