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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

OFF

A crise econômica atingiu meu vizinho. O que acabou me prejudicando: ele teve que deixar de pagar (ou cancelar) a assinatura da internet e eu, que utilizava seu sinal de wireless, também fiquei encalhado num mar sem ondas.
Muita areia nos meus olhos. Até pensei em aparecer por lá e oferecer uns trocados para o pagamento da fatura do mês, mas vai que ele se constrange e me constrange na hora da questão: como você sabe?
E nessa tenho que usar o tempo de almoço para devorar a necessidade de downloads e posts. Colocar em dia os Assuntos e não me sentir só. É o vício.
Tudo tem seu lado bom. É o que dizem. E eu comecei a colocar algumas leituras em dia. E num caldo misturei três livros que ainda não fizeram digestão, não pela má qualidade dos temperos, mas pela força do sabor. Confuso, não sei se sairá por baixo ou por fora. As obras são: Contemporâneos de Beatriz Resende, O Enigma Vazio de Affonso Romano de Santanna e O Filho Eterno de Claudio Tezza.
O premiado livro de Tezza serve como exemplo das teorias levantadas pela Professora Beatriz, que, aliás, não responde meus emails, e pelo crítico Affonso, que não só responde como me convidou para uma palestra sua, aqui em São Paulo, onde reencontrei o Edson Cruz, do Cronópios, com quem divide alguns abismos. É um diálogo vivo, cheio de cores, que mostra como a tragédia e o vazio pode se tornar produtos e valer muito, muito, muito. O livro é bom, não é surpreendente, mas é bom e conversa determinantemente com o espírito de sua época.
Leiam, leiam.
Desliguem o MSN, Orkut e leiam os três ao som das chuvas que vêm caindo sobre a cidade e sintam o sabor interessante que proporcionam. Três livros, sumo da contemporaneidade.
De fazer rir e chorar, como é próprio da arte. Seja sucesso de critica, de público...
T+

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