Meu coração sempre arde. Ao menos uma vez por semana. Como se fosse invadido por halls pretos e água gelada. Vou me sufocando, vou me entontecendo. Às vezes aguento. Noutras pifo. E murcho, como papel jogado na privada.
Não devia ser assim, o tempo e a idade deviam nos acostumar às incertazas, à solidão, à banalidade. Mas não tem como, potros fracos como eu acabam não aprendendo nunca e nunca se acostumando. Sem se entregam à esperanças e seus efeitos colaterais: desapontamentos.
Com o tempo perdemos as madrugadas, elas, antes locais de fuga, são desfeitas pelo cansaço. E não há silêncio para pensar, não há onde escoar.
Tenho coisas boas, sim, centenas, a melancolia não é tristeza, infelicidade, é um jeito bobo de viver a vida. Uma doença crônica. Que, se não tomar cuidado, engasga.
3 comentários:
A melancolia é parte crucial do ser, do viver, do existir, do literaturar. A cotidiania, sim, é o mais perigoso veneno.
Abraços!
Pondo de lado o contexto, atentando ao bordado, gente! mas quem escreveu isso? Loyola? Sclyar? Fonseca? O quê? Foi você, Zed? Cristo! To passado, juro-confesso. A cada dia esse menino tá melhor e melhor. Assim, chega à "Acadimia" antes dos 30. Aff!
Tem horas que o coração arde no peito de todo criador. E que bom, porque é desse estado de melancolia que saem os melhores textos. Beijão
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