tag:blogger.com,1999:blog-6981881568923045582024-03-05T04:10:10.881-03:00HipocentroClaudio BritesClaudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.comBlogger172125tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-6380062645739122462012-06-20T14:29:00.003-03:002012-06-20T14:30:08.688-03:00Subindo no Caixote<b>Venha conhecer meu novo espaço</b>: www.claudiobrites.com.br<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFdOREoU0XHvxbyxmhexJ5Q5m4-VjaOnxQLmBnDovbeoXbmhMFU3rWpujYBYsP19kd0d5px-AkDmiBMnWWacgD1EuVRwyq-1MlYweLM_FsCDKQOMuW1dpkD5XQ0xltEDweqsc2I44C8JU/s1600/caixote_print.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFdOREoU0XHvxbyxmhexJ5Q5m4-VjaOnxQLmBnDovbeoXbmhMFU3rWpujYBYsP19kd0d5px-AkDmiBMnWWacgD1EuVRwyq-1MlYweLM_FsCDKQOMuW1dpkD5XQ0xltEDweqsc2I44C8JU/s400/caixote_print.jpg" width="400" /></a></div>
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<b>Texto de apresentação:</b><br />
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Quando pensei Hipocentro, queria mesmo era criar uma revista. Juntaria minha opinião (como se alguém quisesse ouvi-la) com os dizeres de uns e outros amigos e teríamos um espaço onde falaríamos de literatura, cinema. Mas a preguiça envolta na ausência total de tempo me fez usar o nome para algo menos nobre, um blogue de pessoalidades. Um diário de debutante, como dizem alguns.</div>
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Com o tempo fui me impregnando de um certo espírito editorial e pensei: um blogue tem que ter um projeto, se for pra escrever um diário, faço isso em casa. Entre buscas, comecei a usar o espaço para exercícios de estilo, que resultaram em parte do meu romance, Talvez. Alguns posts eu coloquei no BLABLAblogue, outros, como disse, pincelava para o romance. Então o blogue foi selecionado por Marcelino Freire, sob coordenação da Heloisa Buarque de Holanda, para exposição Blooks, no SESC Pinheiro. A exposição e a finalização do romance forma a noite de formatura, não havia mais sentido de mantê-lo. Fechei.</div>
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Tenho usado o Facebook para dizer uma coisa ou outra, compartilhar esquisitices. Mas sinto falta de um espaço para falar outras coisas, ou melhor, demorar mais na fala. Pensei em abrir outro projeto, com outro nome, poderia, quem sabe, resultar em outro livro. Contudo, acabaria me privando de minhas atuais obsessões e caindo em outro “eu lírico” disntante. Eu deixaria de dizer, hora ou outra, coisas práticas: compartilhar leituras, dizer o que acho de um filme, falar mal do vizinho da frente, campanha do político do meu coração. Eu sinto fala disso, talvez pela ausência das conversas de boteco, suprimidas pela vida corrida.</div>
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Nunca serei “eu” dizendo, claro, nunca somos, mas a ideia era chegar o mais próximo. Os poréns me fizeram inaugurar esse site, leva meu nome, porque vai juntar coisas ditas por mim. Esses enunciados que de certa forma, em sua dispersão, irão compor meu ethos público. Mesmo que na URL esteja tal nome – seguido do famigerado, mas já gasto “.com.br” – resolvi dar um título pra esse espaço. Antes, quando as tribos eram menores, como ainda fazem alguns hoje na Praça da Sé, subia-se em caixotes e colocava-se a boca no mundo. Além do mais, dentro deles se coloca um monte de bugigangas, aquelas das quais não conseguimos dizer mortas. Eu precisaria de um caixote reforçado, 1) porque ando bem fora do peso e 2) tenho ascendente em câncer, jogar fora é sempre um parto.</div>
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<span style="background-color: white;">Benvindos ao meu Caixote.</span></div>
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<span style="background-color: white;">PS: como sou um Escritor de Segunda, vocês encontrarão atualizações, no geral, às segundas.</span></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-72238652033409101932011-08-19T18:02:00.005-03:002011-08-19T18:11:36.190-03:00Na outra rua<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; line-height: 115%;">Não tem jeito, você pode até espreitar na esquina, mas só depois da curva a gente descobre o que tem na outra rua.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mudar. Quantas mudanças você empreendeu para chegar aqui? Eu posso citar ao menos uma: você teve que clicar em algumas páginas, acessá-las, para chegar a este parágrafo. Há mudanças simples, mas a grande maioria nos faz sofrer. O conforto, o conforto do mesmo nos acomoda e mudar e descolar da pele alguma coisa dói. Há aqueles que mudam com facilidade, verdade, o tempo todo, mas não conseguem mudar o hábito de mudar sempre e sempre. A mudança estabelece um paradoxo que nos divide, se mudamos nos sentimos covarde por não insistir em algo, ou se não mudamos nos sentimos covardes por insistir em algo. E quando devemos mudar? Quando é a hora? Ao menos é assim que vejo o embate estabelecido dentro de mim diante da mudança, seja ela qual for, seja como for. <o:p></o:p><br />
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</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nossa relação com as situações de mudança precisam ser resolvidas porque mudar faz parte dos dias, como a fome. Quando eu me deparo com uma grande mudança, sofro fisicamente, acho que é porque vivo num mundo, nós vivemos, num mundo que nos exige atentos e em movimento, onde não há tempo para o luto e toda mudança exige certo luto porque o que fica está morto. Então sinto que a cada curva, mudança de trajeto, é como se eu me movesse entre cadáveres que nem frio ainda estão. Pareço drástico demais, eu sei. Talvez eu não esteja vivendo na época adequada, época dos homens de sucesso e sua flexibilidade infinita. Talvez seja isso, ou quem sabe meu corpo seja o problema, minha mente sabe que devo mudar, mas meu corpo vai na contracorrente, um cavalo xucro cavalgado pelo Exu da preguiça, vai ver. Não sei. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Conheci um médico, psiquiatra, que disse que o problema de lidar com mudanças era o maior causador de depressões, entre outros problemas. Ele me indicou uma metodologia, uma palavra bem corporativa, confesso, mas que ele garantia total sucesso, ou, ao menos, melhora na minha qualidade de vida. Disse ele:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
- Faça uma lista, duas na verdade, com os pontos positivos e negativos de cada um dos caminhos que deseja seguir e então compare, isso mesmo, estabeleça uma estatística quantitativa para saber quem ganha;<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Converse com um número ímpar de amigos, e veja o que a maioria aconselha;<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Se afaste da questão por três dias e então, quando voltar, veja qual opção perdeu a força enquanto escolha viável;<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Jogue uma moeda, ou um dado, depende da quantidade de opções que tem e se entregue ao acaso;<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">- Não escolha, se a dor for muito grande, continue no caminho e veja até onde aguenta;<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Confesso que achei muito interessante essa metodologia, ele disse que o ideal era, com exceção da última opção, utilizar de todas elas e avaliar com qual escolha os resultados entravam em mais harmonia, ou seja, o dado deu qual escolha? Essa escolha combinada com o que seus amigos disseram? E com a lista que você fez? É tentar uma avaliação holística do problema. Belo nome: holística, mas me parece aumentar o guarda-roupa de uma pessoa que não consegue se decidir entre duas calças. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
A crença em um livre arbítrio; o Estado democrático, mesmo que aparentemente democrático; a guerra mercadológica entre produtos de marcas afim, entre outros conceitos da sociedade moderna ajudam nessa sensação de caos que as opções nos garantem, um caos que deve ser ordenado, mas como? E se minha forma de ordenar for equivocada? Há quem se embase, então, em um código religioso, que acaba definindo, ao menos, algumas escolhas dentro do certo e o errado, a lei também tem esse papel, restringindo ainda mais o que é possível fazer, já ouvi tolos que dizem que a ditadura é uma ótima forma de governo, pois faz com que o povo precise escolher mais ainda, e então temos o comunismo norte coreano, por exemplo, onde homens e mulheres não perdem o tempo escolhendo roupas, ou produtos de qualquer marca. Então nos deparamos com a angústia de não poder escolher e percebemos que o caminho que vai ao encontro de nossa natureza não ter poucas opções e sim saber transitar entre elas, mas caímos nas mesmas questões: como? Qual? Quando? Por quê? Onde?...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Não espere que eu responda, de forma alguma, esse texto é mais uma forma de compartilhar esse sentimento, pois sei que às vezes nos sentimos só, acreditamos que ninguém mais é tão confuso, tão indeciso, ou tão covarde... Não, de forma alguma, você não está só, mesmo que isso não signifique que será mais fácil, mas você ao menos fica sabendo que pode contar com o apoio de um ou outro, do olhar de fora, sempre menos cansado, menos viciado em seus problemas, pois de todos os conselhos metodológicos do tal psiquiatra, aquele de falar com os amigos é o único que realmente funciona para mim, mesmo que no fim a decisão se já minha: mudar ou não mudar, eis a questão.<o:p></o:p></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-56823500666639216602011-06-17T10:19:00.000-03:002011-06-17T10:19:36.446-03:00AGRADECIMENTOS?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">(Texto de abertura de minha dissertação de mestrado, depositada hoje. Não sei como será a banca de defesa, muito menos a nota resultante, mas não importa, já sinto a missão cumprida. Há agradecimentos, muitos, diversos, mas vou resumi-los abaixo. Pela ajuda técnica e espiritual. Por não me deixarem cair. Sei que é um texto pouco acadêmico, mas irá assim mesmo. Abraços!)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Fico pensando se devo agradecer a minha orientadora, Professora Doutora Maria Valíria Aderson de Mello Vargas, eu não sei se só um agradecimento vai ser suficiente diante de toda paciência dedicada. Ela precisava de algum prêmio, algum tipo de bonificação, medalha de honra, por ser mais centrada que o Mestre Yoda (se bem que, às vezes, penso que se ela tivesse um sabre de luz, eu não teria, ao menos, um dos dedos).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Somente agradecer aos professores do mestrado parece pouco também, pois me ajudaram a sair do degrau de um exercício de intuição, para sentar, ao menos, no banquinho dos estudantes que sabem que a teoria é o solo para toda prática.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Vou agradecer à banca, paciente banca, que contribuiu para descortinar algumas coisas que ainda estavam anuviadas, Professoras Doutoras Maria Cecília de Souza-e-Silva e Sueli Cristina Marquesi, desde já meu apreço com carinho e gratidão.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Vou agradecer, sem dúvida, à CAPES, que me deu o arcabouço financeiro para não precisar agradecer de forma interesseira a algum mecenas, ou mesmo ao meu patrão, por me ajudar no custeio dos estudos. Não que meus superiores, as lindas Laíde, Alaíde e Ana Paula, na EMEF Ruth Lopes Andrade mereçam reclamações, de forma alguma, foram fundamentais nos últimos meses com o suporte e a tolerância.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Agradeço aos amigos, tantos amigos, por todas as vezes que me arrastaram para a mesa do bar, que disseram que tudo isso (academia, mestrado, dissertação, Osman Lins) não passava de uma grande tolice e que o negócio era relaxar. Principalmente Kizzy, Tiago, Isis, Ely, Japa, Roger, Cobbi, Fernando, Nê, Luana, Karla, Ricardo, Naná, Petê e o pessoal do RPG. Valeu! Eles e só eles me forneceram os minutos necessários para o engrandecimento do meu estofo intelectual (menos Luciano, ele não, quando esclarecia todas as minhas dúvidas sobre delimitação do tema, problema, ABNT; nem Nelson de Oliveira, que me apresentou Osman Lins; muito menos Cariello, que me trazia livros da USP; e nem Denize que, pior ainda, descobriu para mim <i>A rainha dos cárceres da Grécia</i>).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">E, de certa forma, acredito que não será necessário agradecer minha família, pois terminar esse trabalho já é o agradecimento que eles desejam, eu sei, vou, ao contrário, reclamar deles: por não me deixarem cair em momento algum, mesmo sabendo que isso poderia me deixar mais forte, por não saírem da minha frente enquanto eu tentava jogar videogame, ou por tirarem a chave da minha mão todas as vezes que eu quis ir para a praia! Não sabem, coitados, que é no ócio que se fermentam os pães dos quais a alta cultura se alimenta e se tivessem me deixado mergulhar nele este trabalho, provavelmente, seria mais brilhante (é bem provável que precisaria, assim, de centenas de anos para terminar). Eu tenho que reclamar também por não me abandonarem, não sabem que o escritor funciona melhor sozinho? Que o teórico precisa do silêncio das ideias? Mais uma vez, digo, se tivessem me deixado de lado, arrebentado comigo em todos esses momentos em que usei o mestrado como desculpa para fugir das reuniões sociais, este trabalho chegaria, muito perto, de se confundir com a alvorada. Tudo bem, tenho que entender, eles me amam, são pessoas especiais demais e não podiam simplesmente jogar um parente na sarjeta, mesmo que ele merecesse, porque ele só pensa em discursos e linguística (quase um palavrão nestes dias).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Reclamo do meu sogro, sua insistência em ser um mestre tão fantástico, devia ter percebido que o discípulo era claudicante demais, como o próprio nome já inferia.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Da minha mãe, minha santa mãezinha, tão católica, carregaria o filho nas costas para ele dar conta de se tornar mestre, em alguma coisa, seja lá o que isso for. Mestre? Para ela eu já tenho todos os títulos: amor da sua vida, motivo do seu viver, o mais lindo da fila.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Meu pai? E há o que dizer do meu pai? Você não o conhece? Silencioso como é, é como o espírito santo que vai consumindo por onde passa, com um fervor, ai se eu tivesse o fervor do meu pai! Eu virava, assim, um profeta.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Tenho muito a reclamar da minha irmã também, quando desempregada me ajudou a digitar os meus fichamentos, minhas anotações (digitou a grande maioria, na verdade, enquanto eu me aventurava em sites duvidosos), bem, esse mimo fez com que eu refletisse menos sobre minhas anotações e, sendo assim, fosse prejudicado em minha argumentação. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Só atrapalharam. Da minha família, só há o que reclamar. (Menos do Beto e da Fatita, esses me deixavam sempre aparecer lá no litoral).</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">A esposa? Ora, eu não deveria falar mal da minha esposa, é complicado, sabe como é... Não posso dizer que ela quase me deixou louco, logo depois de me motivar, como uma treinadora de boxe, a entrar no mestrado, ficava perguntando (durante todos os dias que demorei para concluí-lo), quando eu iria terminar (com “a outra”). Fora isso, me arranjou uma filha, toda linda, toda perfeita, no meio do caminho, com a cruel habilidade de me torturar com sua vozinha dizendo “papai, assiste desenho comigo!” pra cá, “papai para de escrever!” pra lá. De deixar qualquer um louco! E foi mais longe, há pouquíssimos dias declarou “estou grávida”, novamente, então se livre desse mestrado, que não quero outro filho meu sem pai. Pode? Bem, não vou dizer tais coisas dela, assim de barriga, um amorzinho, sem dúvidas.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;">Também nada de ficar dizendo “obrigado, Deus”, perda de tempo ficar reforçando, afinal Ele é o Outro sempre presente, constitutivo, reside no interdiscurso, voz evocada no âmbito da heterogeneidade não marcada, sendo assim, nada de Deus. Não tenho interesse em discutir aqui seu <i>ethos</i>. Para mim, Ele <i>é</i> e <i>está</i> e pronto (e sabe disso).</span></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-55359109264416551142011-06-03T23:00:00.004-03:002011-06-04T10:30:29.142-03:00Venha<div style="text-align: justify;">Pode vir, já que derrubou o muro, arrastou o universo pelos cabelos, pode vir! Venha com gana, acima do seu gênero, venha humano! Muitos te esperam aqui, são legais, com alguns defeitos, você vai aprender que todos os tem, até você, mas no geral são legais e vão te amar e espero que entenda que, no fim, é isso que importa. Venha, não vou tornar sua vida mais fácil, ele nunca é, mas estarei do seu lado, como estou ao lado da sua irmã. Venha com saúde e vontade, que a gente se vira.</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-86627022083168007792011-06-02T11:19:00.004-03:002011-06-02T11:23:34.630-03:00<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":"msg"}" style="font-weight: normal;"><span style="font-size: large;">Quero ser o silêncio em meio a esse barulho, um silêncio ruidoso, desses que é impossível ignorar.</span></h6>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-59397808875050867662011-06-01T20:33:00.002-03:002011-06-01T22:19:51.240-03:00Pra cuspir<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Do que é feita a porra que explode na sua boca? E sua língua, do que é feita? Qual o valor de bradar se ninguém ouve? E mesmo que ouça, qual sentido tem o brado de alguém que não ecoa? Do que adianta chorar os oprimidos e oprimir, lamber o desapego e colecionar sapatos? Somos uma massa só, um entrelaçado de veias e credenciais com fotos três por quatro que nos enquadram na moldura do padrão, da regra sisuda e disfarçada de imparcial. Ninguém ama igual, nem a Lei, ela tem preferidos, acariciados, a ceguinha sabe apalpar quem tem o caralho maior. E você fica cantando, dizendo quem é, sabe com quem está falando, mas não é ninguém, não sabe nem definir sua cor, assinalar um xis na sua etnia e quer parar a praça, dar nome pro manifesto e voltar pra casa, dormir de meia aquecido por seus peidos. Pare, pare já, antes de continuar rascunhando palavras de ordem que não dão ordem nem para você, me diga, do que é feita a porra que explode na sua boca no meio da avenida? E sua língua, de que árvore que ela vem? Cuidado, do mesmo modo que há obras póstumas, existem homens póstumos, com palavras morto-vivas, baseados em falecidas convicções e "uma visão baça do mundo".</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-82759244443851953612011-05-27T17:06:00.002-03:002011-05-27T17:10:25.159-03:006.0 de Glauco Mattoso<div class="entry"><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">A escritora<a href="http://doidivana.wordpress.com/"> Ivana Arruda Leite</a>, que faz aniversário amanhã, nos presenteou com uma divulgação em seu blogue. Uma fofoca bem bacana, que eu retransmito com grande alegria. É sobre Glauco Mattoso, um escritor absurdo de fantástico, que eu tive o prazer de conhecer esse ano, no papo promovido por Edson Cruz, com Luiz Roberto Guedes, lá na Terracota. Glauco é arte por si só, emana literariedade. E a notícia é muito boa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div></div><div style="text-align: justify;">Assunto: CONFIRMANDO O BOATO</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Em primeira mão, quero adeantar aos amigos… Pelo que fiquei sabendo, duas editoras se junctaram para commemorar meus 60 annos, em junho, com um duplo lançamento festivo: a Annablume (com o sello Demonio Negro) e a Alaude (com o sello Tordesilhas). A primeira lança uma caixa com os dez volumes de poesia da serie MATTOSIANA em cappa dura, redesenhados pelo gutenborgeano Vanderley Meister; a segunda lança o inedito volume de ficção TRIPÉ DO TRIPUDIO E OUTROS CONTOS HEDIONDOS. A festa está agendada para o Barco, la em Pinheiros, e o dia 29 de junho cae numa quarta-feira. Ja sei que haverá uma mesa com Vicente Pietroforte, Mamede Jarouche e Lourenço Mutarelli. Quem quizer pode espalhar porque o boato é quente…</i></div><div style="text-align: justify;"><i> </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Data: 29 de junho de 2011, entre 19h e 22h<br />
Local: <a href="http://www.obarco.com.br/">centro cultural Barco</a><br />
Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 422, Pinheiros<br />
Phone 11-3081-6986″</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Todo mundo lá!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMY6B1FIC4KyXC7IVWX1gTelYDp3NXZVk2qeRVI3MErkatCe5uiA4M1pKO1U91FZeTNtU4KznkiSj7DfF_U6JdmR6TwvUn7zyXF2pmzrSWGNSpvfv9kbgbRBht6uhRfEjExCH_62WUBKI/s1600/100_0862.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMY6B1FIC4KyXC7IVWX1gTelYDp3NXZVk2qeRVI3MErkatCe5uiA4M1pKO1U91FZeTNtU4KznkiSj7DfF_U6JdmR6TwvUn7zyXF2pmzrSWGNSpvfv9kbgbRBht6uhRfEjExCH_62WUBKI/s320/100_0862.JPG" width="320" /></a></div><br />
</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-50166919185291884452011-05-20T12:44:00.001-03:002011-05-22T19:00:44.148-03:00Movimento Amanda Gurgel<div style="text-align: justify;">Curta e divulgue, por favor: #MOVIMENTOAMANDAGURGEL: Esta página é em<strong> <u>homenagem à fala</u> da Professora Amanda Gurgel</strong>. A fala da professora colocou em pauta o óbvio, mas um óbvio ignorado, banalizado. Objetividade, ações práticas. Junte-se a nós, faça barulho, não permita que o que foi levantando pela professora só vire mais um hit do Youtube.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="http://on.fb.me/jpnkHW">Movimento Amanda Gurgel</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Descrição:</div><div style="text-align: justify;"><table class="uiInfoTable profileInfoTable noBorder"><tbody>
<tr><th class="label"></th><td class="data"><div class="data_field"><div id="description3-essay-full"><strong>Esta página é em <u>homenagem à fala</u> da Professora Amanda Gurgel</strong>, que no dia 10 de maio de 2011 silenciou Deputados em audiência pública no Rio Grande do Norte.<br />
A fala da professora colocou em pauta o óbvio, mas um óbvio ignorado, banalizado. Como ela diz, uma tecla sendo batida e repetida há anos, desde que a escola se abriu para todas as camadas da sociedade. <br />
Não há um sistema de ensino perfeito em nenhum local do mundo, ainda mais quando os projetos de educação não querem abarcar uma filosofia ditatorial, contudo há problemas graves, precários, que são ignorados, que só servem como mote para propostas de governo e votos.<br />
Nós sabemos que não há muito interesse por parte de algumas camadas de poder que não exista uma educação de qualidade no país, uma educação libertária, que forme homens e mulheres reflexivos, não há interesse porque essas pessoas exigiriam melhor qualidade dos serviços sociais, melhor qualidade do sistema político, que na maioria das vezes é formado por pessoas que pararam de estudar no ensino médio, isso porque foram obrigados.<br />
Num mundo que vem fazendo cair ditaduras, está na hora de derrubarmos essa máscara e exigir uma mudança real do sistema de ensino brasileiro.<br />
Objetividade, ações práticas. <br />
Queremos um bom estudo para nossos filhos, um estudo gratuito de qualidade, não queremos precisar pagar uma escola particular para que nossos filhos tenham chance de, depois, entrar em uma Universidade de qualidade, em sua maioria, pública. Não! Queremos quebrar esse círculo vicioso de demagogos.<br />
Propostas? <br />
Nós temos algumas, listadas abaixo, mas estamos prontos para abarcar outras, num diálogo nacional real. <br />
Se esse movimento é político? <br />
Sim, Político dentro da concepção mais pura de política, aquela que perdemos há muito tempo, mas não está filiado, aviso desde já, a nenhum partido, pois convoca todos os partidos, todos os sindicatos, crenças, porque pretende reunir pessoas, pessoas como a professora Amanda que estão cheias de ouvirem discursos sem sentido, que são esquecidos logo que se sai do palanque.<br />
O movimento Amanda Gurgel, em homenagem a fala dessa mulher que representa tantos outros profissionais da educação angustiados, sem estrutura nenhuma para trabalhar e seus alunos, que são depositados em escolas que se assemelham à instituições carcerárias.<br />
Junte-se a nós, faça barulho, não permita que o que foi levantando pela professora só vire mais um hit do Youtube.<br />
.....<br />
Propostas:<br />
- Formação continuada REAL dos professores;<br />
- Salários melhores para que eles não precisem se atolar de aula pra complementar a renda;<br />
- Profissionais especialistas DENTRO das escolas, para apoiar tanto os alunos como as equipes de trabalho e as famílias: psicólogos, fono, enfermeira, assistente social, psicopedagogo.<br />
- Um universo que seja coerente com as novas tecnologias, datashow nas salas, equipamento de som, etc.<br />
- Que o computador não seja um instrumento raro, usado na "aula de informática", mas uma ferramenta de trabalho de todas as matérias;<br />
- Professores atuando em duplas, o professor responsável em um assistente;<br />
- Escolas visualmente mais adequadas, que não pareçam um cárcere;<br />
- Oficinas práticas de música, escrita, artes plásticas, esportes diferenciados;<br />
Um professor não pode ganhar menos que um auxiliar de vereador, é muita responsabilidade para alguém desmotivado e a parte financeira motiva sim. <br />
E um professor desmotivado, além de ficar doente e destruir a própria vida, pode prejudicar a vida de nossos filhos.</div></div></td></tr>
</tbody> </table></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-91376785147291153782011-05-18T18:04:00.001-03:002011-05-18T18:04:40.124-03:00A voz da Professor Amanda Gurgel<div style="text-align: justify;">Ando atolado por conta da fase final do mestrado. Nem no meu email eu entro, mas tem um video, veiculado pelo Braulio Tavares, que eu não posso deixar de postar aqui. Foi no Rio Grande do Norte, mas é uma fala que retrata a condição nacional da educação e do professor. Num mundo de Tablets, nós ainda usamos giz de cal. Num mundo onde as coisas funcionam em nuvem, a escola se orienta horizontalmente, em filas. <span data-jsid="text">A maioria ficou calada porque não entendeu absolutamente nada do que ela disse, não tem formação intelectual para tal. </span><span data-jsid="text">Estou terminando o mestrado, em São Paulo, para receber um aumento de 400 reais no meu salário, gastei o dobro disso por mês.</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/yFkt0O7lceA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-2997892904057416252011-05-08T20:39:00.003-03:002011-05-08T20:43:46.166-03:00I?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhHRh-vwnXzCz252A5nQ1wHSKOc937Q3GGRIQw3bkUwi_OkKop4nL5oiLXJPLDwS5jz8_w1zh7ulId-ROPQmSJGc2DZQWMEylKtJohMVMLQc3ibKNU9_0odVS9EOAEPwoc8AV23EckK2g/s1600/narrativa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhHRh-vwnXzCz252A5nQ1wHSKOc937Q3GGRIQw3bkUwi_OkKop4nL5oiLXJPLDwS5jz8_w1zh7ulId-ROPQmSJGc2DZQWMEylKtJohMVMLQc3ibKNU9_0odVS9EOAEPwoc8AV23EckK2g/s320/narrativa.jpg" width="230" /></a></div><br />
A palavra busca a história que busca a palavra pra ser desenrolada. A história se evola e só ficam as palavras até que elas se tornem transparentes e possamos ver a história e o homem que caminha na rua com a sua blusa toda encharcada e as calças quase caindo pelo peso das gotas que rasgam o céu como moedas de um centavo. O homem parou de correr e agora se deixa desfazer entre o vento, a lama. Não há necessidade de dizer escuro, de falar de nuvens ou evocar a possibilidade dele pegar um resfriado, as gotas já circulam esse mundo feito de temporal, talvez seja importante evocar os trovões e os clarões que iluminam a barba negra do homem branco de olhos quase fechados por conta do peso, da ausência do guarda chuva, ou de um chapéu. O açoite não releva o cansaço, o ponto homem vai atravessando a parede natural que esmaga seus pecados, seus medos. E mesmo com todas essas palavras, com todas elas assim querendo fazer sentido a história não vem e o homem continua sendo só um homem em uma chuva, arrastados em direção do nada.<br />
</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-45257644306382812402011-04-20T15:17:00.001-03:002011-04-20T15:17:00.791-03:00Serei o avatar de um fake?Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-84485539159823159662011-04-18T09:41:00.001-03:002011-04-18T09:42:08.667-03:00IV Encontro Prática de Escrita<h2><a href="http://terracotaeditora.com.br/?p=694"><br />
</a></h2><div class="details"> </div><div style="text-align: center;"><a href="http://terracotaeditora.com.br/pcl/wp-content/uploads/2011/04/Teaser4pcl2.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-556" height="600" src="http://terracotaeditora.com.br/pcl/wp-content/uploads/2011/04/Teaser4pcl2.jpg" title="Teaser4pcl2" width="600" /></a><span style="color: black;"> </span></div><span style="color: black;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">.</span></div><div style="text-align: justify;">O <strong>Encontro Prática de Escrita</strong> acontece informalmente desde 2001, mas há quatro anos o evento ganhou periodicidade e formato e vem se tornando parte da agenda de quem gosta de literatura. O principal objetivo do encontro é reunir pessoas que não só apreciam a literatura, mas também tudo que circunda a prática de escrita literária. A programação é dividida em dois tempos, o primeiro gira em torno das mesas com palestrantes, que discorrem sobre assuntos que permeiam o universo da literatura; o segundo tempo é das oficinas de criação literária. Pelo evento já passaram nomes como: <strong>Milton Hatoum</strong>, <strong>Marcelino Freire</strong>, <strong>Raphael Draccon</strong>, <strong>Kizzy Ysatis</strong>, <strong>Roberto de Souza Causo</strong>, <strong>Sérgio Pereira Couto</strong>, entre outros.</div><div style="text-align: justify;">O evento deste ano tem como convidados: o escritor, jornalista e apresentador do programa <em>Metrópolis</em>, da TV Cultura, <strong>Cadão Volpato</strong>; a jornalista, escritora e apresentadora do programa <em>Letras & Leitura</em>, na Rádio Eldorado, <strong>Mona Dorf</strong>; e o escritor e jornalista, apresentador do programa <em>Perfil Literário</em>, na Rádio Unesp, <strong>Oscar D’ambrósio</strong>. Cadão falará sobre sua prática literária; Mona Dorf e Oscar tratarão do universo literário, compartilhando suas experiências em centenas de entrevistas com escritores.</div><div style="text-align: justify;">O encontro deste ano acontece no dia <strong>7 de maio, sábado</strong>, das <strong>10h às 16h30</strong>, na <strong>Universidade Cruzeiro do Sul</strong>, campus <strong>Liberdade</strong> e é organizado pela <strong>Terracota editora</strong> como parte da programação do curso de <em>lato sensu</em> em <strong>Criação Literária</strong>. A inscrição deve ser feita <strong><a href="http://terracotaeditora.com.br/pcl/?p=545" target="_blank">aqui</a></strong>. O limite de vagas é 120 para as mesas e 15 por oficina.</div><div style="text-align: justify;">____________________________________</div><div style="text-align: justify;"><strong>Quando</strong>: 7 de maio de 2011 – das 10 às 16h30<br />
<strong>Onde</strong>: Universidade Cruzeiro do Sul – Campus Liberdade – Rua Galvão Bueno, 898 / São Paulo-SP<strong><br />
Quanto</strong>: Entrada Franca<br />
<strong>Vagas</strong>: 120 (mesas) – 15 (oficinas)</div><div style="text-align: justify;">PROGRAMAÇÃO</div><div style="text-align: justify;"><strong>Mesa 1</strong> – das 10 às 11h15</div><div style="text-align: justify;"><strong>A PRÁTICA DE CRIAÇÃO DE CADÃO VOLPATO</strong><br />
Convidado: Cadão Volpato<br />
Mediação: Nelson de Oliveira</div><div style="text-align: justify;"><strong>Mesa 2</strong> – das 11h15 às 12h30</div><div style="text-align: justify;"><strong>DO QUE FALAM OS ESCRITORES</strong><br />
Convidados: Mona Dorf e Oscar D’ambrósio<br />
Mediação: Edson Cruz</div><div style="text-align: justify;"><strong>Oficinas</strong></div><div style="text-align: justify;"><strong> A ARTE DO ENSAIO</strong><br />
com Cláudia Vasconcellos<br />
das 14h30 às 16h30</div><div style="text-align: justify;">Escrever um ensaio é discorrer de um modo muito pessoal sobre um assunto, qualquer assunto. Não precisa ser um <em>expert </em>no tema que se vai abordar, porque aquilo que transparece no ensaio é sobretudo a opinião bem elaborada do ensaísta. A oficina de ‘Ensaios’ discorrerá sobre como este gênero de escrita nasceu, fornecerá dois breves exemplos, os quais fornecerão um modelo deste tipo de escrita, e, então, os participantes serão convocados a escrever os seus ensaios, ou seja, a darem as suas opiniões e por meio delas se darem a conhecer. Para interessados a partir de 18 anos.</div><div style="text-align: justify;"><strong>COMO CRIAR UM INUTENSÍLIO SEM SE TORNAR UM INÚTIL</strong><br />
com Edson Cruz<br />
das 14h às 16h</div><div style="text-align: justify;">Uma oficina de criação e análise poética ligeira e profunda como o tanque de Bashô. Ah, você não sabe do que estamos falando? Não sabe se o que lê e o que escreve tem melopeia, fanopeia ou logopeia? Não sabe a diferença entre um marceneiro e um poeta na Grécia antiga? E qual a função da poesia em tempos de big brother e consumo desenfreado? É meu chapa, você está precisando de uma oficina como essa.</div><div style="text-align: justify;"><strong>SOLTANDO A LÍNGUA</strong><br />
com Marcelino Freire<br />
das 14h às 16h</div><div style="text-align: justify;">Quer soltar o verbo mas não sabe como? Tem um projeto de um livro mas na hora de escrever deu um branco? Está difícil de organizar as ideias e os sentimentos? Pois bem: o escritor Marcelino Freire (autor, entre outros, do livro “Contos Negreiros”) dará, nesta rápida oficina, algumas dicas de como trabalhar o texto (não importando o gênero literário) e fazer do seu “bloqueio” artístico algum muito criativo. Para interessados em literatura, a partir de 14 anos.</div><div style="text-align: justify;"><strong>ESCREVER PARA JOVENS. QUE HISTÓRIA É ESSA?</strong><br />
com Marcelo Maluf<br />
das 14h às 16h</div><div style="text-align: justify;">Escrever literatura para jovens é uma linha tênue que muito se aproxima da literatura adulta. Harry Potter e Artemis Fowl são exemplos de textos que ganharam o público adulto. Enfim, escrever para jovens, que história é essa? Marcelo Maluf é autor entre outros de “Jorge do Pântano que fica logo Ali”, e organizador da Antologia infanto-juvenil “Era uma vez para sempre”, nessa oficina prático-reflexiva, Marcelo dará dicas e possíveis caminhos da literatura contemporânea para jovens. Para interessados a partir de 18 anos.</div><div style="text-align: justify;">__________________</div><div style="text-align: justify;"><strong>Inscrições</strong> <strong><a href="http://terracotaeditora.com.br/pcl/?p=545" target="_blank">aqui</a>.</strong></div><div style="text-align: justify;"><strong>Dúvidas:</strong> 11-2645-0549 ou contato@terracotaeditora.com.br</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-91955510862884105242011-04-06T10:37:00.001-03:002011-04-06T11:19:27.375-03:00Camalear ou Síndrome das Pequenas Influências<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Minha literatura (?) anda espremente. Com crise de identidade. Seria a gastronomia meu forte? O corte e bordado? Não tenho mão, tremidas que são se perdem em punhetas e metafísicas que nada têm a ver com a palavra enquanto mulher de pernas travadas, menina idealista. “Se não lhe ocorre, para viver melhor, nada mais do que escrever, então você é um escritor”, mas e o amor? E a praia com sorvete de uva? Não sei, não consigo ver essa imersão viciada, essa necessidade de se efetivar, de bater ponto. Talvez seja porque meu esqueleto é feito de ócios, com músculos sempre relaxados, coitados. E não pode imitar, e tem que ter voz própria. E se minha voz for de papagaio, tão bonito, verde e raro. Vai que você nunca elogiou um papagaio por imitar direitinho? Parodiar sua avó falando palavrão? Vai. É muita regra cagada pra todo lado pela ventoinha dos manuais gerais. Isso não emociona, não dá vontade de dizer que a literatura é uma forma de viver, ou morrer melhor, ou nunca morrer. Eu prefiro me esconder, deixar os textos escaparem pelos espirros, sem compromisso. Desassinados. “O senhor reconhece este conto aqui, meu senhor? Onde há uma cópia deslava do estilo de um autor pernambucano, meu senhor? Reconhece?”. Eu não, conheço não.</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-57415973881358187002011-03-24T19:20:00.002-03:002011-03-24T19:20:38.501-03:00Pessimísmo malacafento?<div style="text-align: justify;">Me ocorre a ideia de que não posso ficar saudável num mundo <span class="il">doente</span>. A satisfação soa um crime contra os amigos. A felicidade uma falsidade, até canastrice. O pessimismo talvez seja o único estado de espírito moralmente confiável. A angústia, o indício de que ainda sou humano. Acho que a única luta que resta é contra a ignorância e aquela tristeza que nos deixa letárgicos. Ou não, talvez o jeito seja se entregar pra corrente, margulhar na virtualidade dos prazeres rápidos, do entretenimento infinito, das relações epidermicas e dos desejos descartáveis. Levar como der, como deus quiser. Aguardar o corpo seder, ou que os Maias estejam certos. Já que o suicídio pede certa esperança.</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-57614785769541751142011-03-15T12:24:00.002-03:002011-03-16T11:18:07.396-03:00No meu tempo...<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Você acha morrer um castigo? Até parece. Castigo é viver pra sempre. A imortalidade é um peso, meu caro, desses que a gente só entende carregando. Eu sei que pode parecer que estou cuspindo para o alto, mas saiba que depois de um tempo a gente tem certeza que cuspindo ou não a cabeça sempre acaba melada. Eu sei, pode se tentar ser um tosco durante a imortalidade e não parar pra pensar nas coisas, se entregar pra loucura e pra fruição. Não dá, pode parecer que sim, mas não dá. Cem, duzentos, quinhentos e trinta e cinco anos sendo um babaca até rola, mas mil é impossível! Você começa a ter tremores, sabe? A olhar as cores reais das coisas e perceber que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tonssortom</i> se repete sempre, só mudando o espectro e que as coisas são tão estúpidas que a melhor dádiva da vida é a morte, desfazer-se em bolinhas de terra e cupim. Pois o tempo que temos como mortal é a medida certa, no ponto, mais um pouquinho e estraga. É como a quantidade de ervilhas em uma empada, até pra quem gosta, tem limite. Tudo bem, conheço um cara que conseguiu viver mais de mil anos como um babaca, mas no ano mil cento e vinte e dois ele surtou, hoje vive lambendo selos. E ninguém nem usa mais selos. A gente aprende, nem que por osmose, a gente acaba entendendo, mesmo sem parar pra sentar. É como se a vida fosse o ar que invade nosso ânimo e não dá, parece que dentro de você ele se torna água e você logo está se afogando em sentido, ou a falta dele que, com o tempo, você vê que é a mesma coisa. Os significados se perdem todos, porque não há mais nenhum valor na dicotomia. O que é bom por cima, hoje, amanhã será por baixo. Até voltar a ser por cima. E assim, ciclicamente, pra próxima geração acreditar que tudo é novidade, que estamos passando por mudanças. Que a última tragédia foi a mais terrível, que nunca choveu tanto, se matou tanto, nunca as pessoas foram tão fúteis, ou má-educadas. E você, ali, vendo o quadro como um todo, tentando mostrar aos coitados que existe uma linha que une tudo, mais comprida, mais importante. E eles falam de quebra, de ruptura. Então você entende que nem as palavras adiantam mais, que as metáforas já são o único modo de dizer, um modo vão, vale lembrar. E você fica com o básico necessário pra pedir um copo de café na esquina, curtir o queimado da manteiga no pão da chapa e comendo o pão transformado em borboleta no seu peito, você voa e percebe que a maldição não é a vida eterna é a fome eterna de sua memória, que sempre come mais e mais, coisas e pessoas e, obesa que é, não queima a gordura, não alivia o peso. O peso que você carrega. E tem gente que acha que a imortalidade é uma benção, que dedica sua vida à buscá-la e morre, sem saber que ela é um pé com meia afundando na lama oleosa.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIy9aSiys2waAfO6jwt-QEXGIgNQBUVYj5k9igFYB6slYLFNnHaFGzHjX3kLeRdIPFYKQUwDobGtWHvQDcS2Y_czvU_nYYygkHFqHdUwlCwFe0Q8Po7eWdxbP7h2QaDVs8PxatJo1ENqg/s1600/ocampo-octavio-forever-always.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIy9aSiys2waAfO6jwt-QEXGIgNQBUVYj5k9igFYB6slYLFNnHaFGzHjX3kLeRdIPFYKQUwDobGtWHvQDcS2Y_czvU_nYYygkHFqHdUwlCwFe0Q8Po7eWdxbP7h2QaDVs8PxatJo1ENqg/s400/ocampo-octavio-forever-always.jpg" width="400" /></a></div></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-44153143726481175912011-03-09T10:51:00.002-03:002011-03-09T10:59:24.793-03:00Mestralizando<div style="text-align: justify;">No intervalo entre uma lasca de mestrado e outra, eu twitto, ou facebuco. Vou polocando (verbo criado por minha filha, que acho perfeito) pensamentos e angúsitas, comentários e curvas. É o que sobra, afinal lá o que temos é um espaço para suspiros, o blogue, acredito, exige mais. Ao menos de mim. Digo que é o que sobra porque o mestrado não está fácil, e o corpo não ajuda, parece querer fugir da situação. Os olhos, nem mosca invisível escapa. E o prazo está indo pelo funíl. Pouquinho, sábado a primeira versão impressa tem que ser despachada e capítulo três é uma coisa disforme e sem sentido, mas tudo bem. Feriados ajudam, em um país que insiste em bater na tecla de que é Láico, não temos como reclamar dos feriados religiosos, são a única parte no pacote que não negamos. Já que aí estão... E como disse a Ester, deveríamos adicionar os feriados de outras religiões também, a preferência pelo cristianismo-católico não rende. Diversidade religiosa! Bem, é isso, ao som de <em>codex</em>, música número seis do novo álbum do Radiohead, <em>The King of Limbs</em>, eu dou essa respirada mais longa e vou me desfazendo no sem sentido, polocar ideias e deixando escapar outras.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/3cIbpokk4dc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-11476427771462639072011-02-20T14:29:00.002-03:002011-02-20T14:35:59.641-03:00Alô alô<div>Um teste. Meu primeiro mobile post. Estão me ouvindo bem?<br />
<br />
<img height="300" src="http://lh3.ggpht.com/_gf8jY9DIG3o/TWFPecWMrcI/AAAAAAAAAyk/_IVNPC-solc/1298222858037.png" width="400" /></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0Grupo União Imoveis S/C Ltda, Rua José Cardoso Pimentel, 83 - Vila Alabama, Sao Paulo, 08110-490, Brazil-23.496322 -46.397136tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-69475361573842950752011-02-16T22:23:00.004-02:002011-02-16T23:18:50.333-02:00Reboco de nuvem<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">O menino tem sobre si um fardo. Feito de juta, fedendo a gatos mortos. Vai indo opaco, mesmo o peso, o cheiro, nada o tira daquele estado reto de andar. A estrada está quente e ele descalço. Alguns carros passam, mas só uma menina sem idade para entender aprecia o caminhar do menino, quase parado diante da velocidade das rodas. Há uma gota de suor sob a pele do menino, uma gota preguiçosa que insiste em não escorrer, ela não consegue captar o tamanho, formato, cor da face onde está plantada, não sabe de onde brotou, o que representa, só sabe que não quer cair, se desfazer no vento do mundo. Ela prefere se fingir cristal, adorno para face do garoto estéril de supreendimentos. Há uma curva que é curvada pelo caminhante. O piso preto dá lugar à terra ainda lembrada de que foi lama. O menino não se abstém do zigzag das poças, ficando mais baixo e molhado enquanto segue. A chuva foi calma, mas o bastante para desfazer os campinhos de areia, abarrotar os castelos de papelão e matar as crianças sem braços ágeis para, ao menos, boiar. Ele mescla mais a sua mão com o laço da corda que prende à boca do saco e começa a subir um morro. O barulho do rio é como um chiado no rádio, mas sem música. Percebe uma cobra fingindo ser graveto. Do lado dela coloca o saco e respira para ter certeza de que ainda é ele mesmo. Abre o saco e o rosto do irmão ainda insiste em olhar. Ele desfaz o pequeno dos trapos de juta e coloca o terço no pescoço do falecido. As contas vão brotando em violetas azuis que vão se mesclando com o pequeno de braços pouco ágeis e transformando seu cadáver numa embarcação feita de peixes de prata e olhos vazados. O menino espera a transformação se dar e o cardume começar a subir o rio. Então dobra a juta e coloca dentro da boca da cobra que se espanta de ter sido descoberta em seu disfarce. Vira as costas e deixa o corpo mergulhar também, alimento para as pedras, espanto para os musgos.</span><br />
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<span style="font-family: Calibri;"><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu6dcyQ6wgngnZ88RGJdk6kif7HqFTy9YN5p0xhT-2eKN6N8CBAP-tFWonZyNLB6PnjJEoL2RIvJhGb9COQnqIa4lJdk3_UJWM79X8o7nIgf86yN4Hmm0liFkkmLJK_RTwCCe7brTBoqY/s1600/menino.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu6dcyQ6wgngnZ88RGJdk6kif7HqFTy9YN5p0xhT-2eKN6N8CBAP-tFWonZyNLB6PnjJEoL2RIvJhGb9COQnqIa4lJdk3_UJWM79X8o7nIgf86yN4Hmm0liFkkmLJK_RTwCCe7brTBoqY/s400/menino.jpg" width="400" /></a></div></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-19445586678163991982011-02-13T11:09:00.005-02:002011-02-13T23:13:03.866-02:00Manifesto contra mesquinhez<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Pintei o cabelo de loiro. Claro que houve bullying, mas não ligo. Eu era o gordinho, de óculos, cabelo pro lado e voz fina na escola. Acha mesmo que ainda existe algo que me atinge? Algo dito que fira meus sentimentos? Muita terapia e prozacs depois, meus caros... Eu poderia ser juiz de futebol. Mas das brincadeiras, tem uma que me preocupa. Não de agora, há algum tempo, acho que desde que comecei a praticar análise do discurso, a entender a importância ideológica das palavras. “Coisa de gay”, substitua “gay” por qualquer um de seus derivados. Claro que não vem só, mas o “coisa de preto”, “coisa de baiano”, etc, têm perdido força, por conta, talvez, de uma postura <i style="mso-bidi-font-style: normal;">júris,</i> ou seja, o velho medo de um processo nas costas. Contudo, em plena onda de lutas contra a intolerância, o termo “gay” ainda funciona como adjetivo pejorativo, usado por homos e heteros, inclusive. Se você não joga bola direito é “gay”, se não sabe brigar é “bicha”, se gosta de uma cor mais rosada é “viado”, se não tem caráter “dá o cu”, ou se é sensível demais é “uma bichona”. A sexualidade das pessoas é colocada, paradoxalmente, o tempo todo, na mídia e fora dela, em xeque. Como se realmente importasse se fulano dá ou recebe. Digo paradoxalmente, porque vivemos ouvindo, ao mesmo tempo, “que não importa a sua opção sexual, o importante é que somos todos humanos”. Somos todos humanos, mas a banda xis é ou não gay? Fulano sai ou não do armário? Aquele cabelo é coisa de “viado” ou não é? Como se ser “viado” fosse ruim, degradante. Uma pessoa me disse “meio gay” seu cabelo, olha: se não está por completo, ainda não está bom. Eu tento entender, tento entender porque ninguém diz nada, tento entender porque ninguém faz um esforço para mudar isso sem precisar de uma lei rígida como a que tem em favor dos negros. Porque simplesmente não pensam melhor nas palavras que usam e tentam, assim, mudar o discurso que envolve a ideologia depositada naquela palavra. Mudando como usamos a palavra, com qual significado, muda também nosso modo de nos relacionar com ela e com o que ela representa. Não ligo para brincadeira, piadas, acho o humor importante, o uso consciente dos estereótipos, é na pseudoingenuidade que reside meu temor. Na crença de que não faz mal, de que não foi por mal. De que foi só brincadeira, só um palavrão, um soco, uma morte. Nem meu avô eu relevo, a mudança tem que começar e que se dane tradições, medos, ou falamos a verdade e paramos com o bom mocismo da falsa aceitação, ou começamos de verdade a transformar o pensamento. Risinhos tortos enquanto os punhos cerram, não. “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”, disse Bob para tratar sobre as diferenças raciais, inclua aí diferenças religiosas, de gênero, de gosto, de sexualidade e teremos guerra eternamente. Dirão se eu quero que a luta pela igualdade pare, de forma alguma, eu quero que ela não exista, como fez Gandhi, se um dos lados abre mão da luta o outro lembra que é humano, que estamos no mesmo fardo. Não temos que discutir se homens podem se beijar no metrô, porque não deve haver diferença entre dois homens se beijando e um casal hetero. Não deve haver difrença entre um gordinho que desfila e um sarado. Não deve haver imposição sobre como ser, como viver, como comer, como andar, como trepar. Anarquia ética, intelectual, moral. A sua liberdade termina onde começa a minha e se mescla à minha. Não deveria haver parada do orgulho gay, nem do orgulho hetero, nem do orgulho negro, ou dos gordos, pode parecer clichê, mas o orgulho por nossa humanidade demasiadamente imperfeita dentro de suas perfeições deveria nos bastar, a busca pelo conhecimento das coisas que realmente importam deveria ser nossa base de formação. Essa discussão sobre o sexo dos anjos e dos homens é ainda o resquício de uma formação religiosamente intolerante e limitadora que, ao menos no Brasil, há muito não nos sufoca, não nos impede de dizer, mas impõe certa aura sobre alguns assuntos... Aura pouco questionada. Questione. Questione seus valores e a falta deles. Abra mão de falar da vida do outro, abra mão de discutir quem comeu quem, abra mão de lamber as migalhas da vida, ninguém devería se contentar com elas, metafóricas ou não; comece a procurar os grandes banquetes da existência, a desafiar sua mente para ir além da mesquinhez. Utopia? Utopia é um conceito, nós determinamos o que cabe dentro dele. Ação e inação, assim o mundo terá uma chance de não sucumbir a futuro cyberpunk qualquer. Acordem, sejam gays, heteros, bis, pãs, eu não quero saber, e espero que não queiram também...</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGplJKmRH1gMXBc895uS9caorFOCynRUc1yEm_WDcjhqU8dvQFrzv_TeaRvBRyIKMH3QKYUKapaiNl37LrfBEcbNba4bW8pGKMzdjXxbK_kUkXXbeGBSe8wy2EF9TWWVAqc5xjbwI_XbI/s1600/2676ee9c35814fb1a5d1e8acb33fb048.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGplJKmRH1gMXBc895uS9caorFOCynRUc1yEm_WDcjhqU8dvQFrzv_TeaRvBRyIKMH3QKYUKapaiNl37LrfBEcbNba4bW8pGKMzdjXxbK_kUkXXbeGBSe8wy2EF9TWWVAqc5xjbwI_XbI/s320/2676ee9c35814fb1a5d1e8acb33fb048.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-60797087943463913272011-02-10T10:07:00.001-02:002011-02-10T10:07:41.808-02:00Piada de pontinho<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Ontem descobri que o meu inferno, caso ele exista, será feito de carrapatos. Pelas paredes da caverna e em mim, carrapatos gordos e acinzentados. Estou falando isso, porque ontem uma nuvem de carrapatos invadiu minha garagem, foram sufocando o rosa das paredes e quando demos conta já estavam parindo verruguinhas pretinhas por todos os lados. Minha mãe está viajando, ela é boa para resolver esse tipo de peste, ela resolve qualquer peste, é um tipo de médica curandeira dedetizadora, a síndica de nossas vidas. Eu tive que resolver só. Minha irmã montou barricadas e eu disse tome cuidado, o moço que vendeu esse veneno falou que esses meninos podem andar um quilômetro por dia. Minha casa não tem nem cinquenta metros, seria um estrago. Me armei de touca, luvas, máscara e botox. Iria fazer uma cirurgia de remoção na minha garagem. Toca fogo! Gritava meu avô. Juntou gente, juntou vizinho, aglomerou opinião e gritinhos de aflição. Parece que eles tão andando no meu cabelo. Tinha até gente tirando foto da empesteação, da matilha de bolinhas. Eles não riam pros flashes, encarapuçados com medo de mim e minhas luvas amarelas, minha touca de banho, meu botox diluído em água dentro do pulverizador amarelo do meu avô. E lá fui eu, silenciosamente suado. Foram caindo, pulando para cima de mim que desviava com todo o molejo do rebolaition matrix. Vai papai, vai papai! Percebi logo que tinha na empreitada um tropa de elite, as aranhas, em todos os cantos em que a vassoura não tinha dado conta delas as teias, fortes armações de metal eletrificado, tinham globinhos pendurados como uma árvores triste de natal. Decidi proibir o aracnicídio na minha casa. Depois de algum veneno nos olhos, nos meus e nos deles, estavam todos em cardume no balde de passar pano. Joguei fora a vassoura, joguei fora o pano, joguei fora as luvas e todo o resto. Quase arranquei as mãos, a pele, as paredes, os azulejos. Queria me livrar do cheiro daqueles carrapatos, mesmo sabendo que não adiantaria, que o cheiro sempre fica para nos lembrar do esforço. Ainda quando acordei um pequeno andava pelo quintal, tão só, talvez completando a terceira volta do seu quilômetro diário, em homenagem a todos os familiares perdidos, a nação dizimada. Até pensei em deixá-lo continuar seus passinhos ao sol, mas me lembrei daquela caverna, deles sugando meu sangue durante toda eternidade e pisei na bolinha que explodiu que nem biriba de São João. E a cachorra, dona dos bichos ainda vaga pela rua, procurando o próximo porto. Mãe, volta logo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyy6Ve5IaG5N03l0MH1W67gq7lu5VR9MzvJY84BkOoKMwQRABaMddozHEowfJkqBytrPJEJwBY5ebgF5DuHGi9TA9n3EveEXvw74sjpCNz0_YzWVWY1f9VJ4_KlDnwoURb9AILI1yJcwg/s1600/NuvemNegra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyy6Ve5IaG5N03l0MH1W67gq7lu5VR9MzvJY84BkOoKMwQRABaMddozHEowfJkqBytrPJEJwBY5ebgF5DuHGi9TA9n3EveEXvw74sjpCNz0_YzWVWY1f9VJ4_KlDnwoURb9AILI1yJcwg/s1600/NuvemNegra.jpg" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-60575010497816776702011-02-09T10:19:00.001-02:002011-02-09T10:19:57.814-02:00Colheita<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">E o sonho? O sonho se dá na curva da vida. Nos pega de surpresa e passa para dar lugar a outro. O sonho é como uma mudança de visual que todos estranham, se acostumam para estranharem a próxima. Aprendi que todos os dias meus sonhos se realizam. Hoje, pelo menos, uns 22 sonhos caíram do pé, comi e plantei as sementes. O que acontece, é uma pena, mas normal, é não percebermos e deixarmos o sonho apodrecer, é triste, confesso, eu mesmo já fiz isso inúmeras, mas não é o fim, nada tem um fim, o sonho acaba virando adubo para mais sonhos, só que você nunca experimenta a realização, não se lambuza dele, não aproveita. Fique atento, todos os dias pelo menos metade dos seus sonhos amadurecem, hoje me alimentei de vinte e dois: acordei sem nenhuma doença<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aparente, a escova não escorregou e bateu na minha gengiva, minha filha não fez xixi na cama, fomos para escola sem acidentes no trânsito, não estava chovendo e outros 17, sonhos, realizados. E o dia só está começando.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUxx8MXM9uegJ00DBTXk8U5l99FPwwta1kEFkER_L9Yq43mj4n5lPrKml-DgksTbg7skxZXWzLQD3_g4iVFo3iHOm0StXg1VEPD7tQokD5ExBEOqM5eo3QvvRaHTnoLvJhRRljca839o4/s1600/arvore-aquarela-b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUxx8MXM9uegJ00DBTXk8U5l99FPwwta1kEFkER_L9Yq43mj4n5lPrKml-DgksTbg7skxZXWzLQD3_g4iVFo3iHOm0StXg1VEPD7tQokD5ExBEOqM5eo3QvvRaHTnoLvJhRRljca839o4/s400/arvore-aquarela-b.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-20429680102744264552011-02-08T10:45:00.000-02:002011-02-08T10:45:17.111-02:00Enslaved - Zerado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYfzCkLkXo_KHpQnGeC7kz0z06U0SLijiFYLbh3HMZK-VAYECT4VNAu9mv9u531k_ud72zEk4UwHr38cGQpAybuq8t7cvMozDB7Y6cyZ1-fMFM0BlmquhpcX_hZ7UGUWpiV1NeX1S2D0I/s1600/Enslaved-Odyssey-to-the-West-2112.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYfzCkLkXo_KHpQnGeC7kz0z06U0SLijiFYLbh3HMZK-VAYECT4VNAu9mv9u531k_ud72zEk4UwHr38cGQpAybuq8t7cvMozDB7Y6cyZ1-fMFM0BlmquhpcX_hZ7UGUWpiV1NeX1S2D0I/s320/Enslaved-Odyssey-to-the-West-2112.jpg" width="320" /></a></div>Enslaved do Xbox... meu Deus, que jogo! <br />
O que é melhor, a felicidade dentro de uma prisão, ou a liberdade dentro de um deserto?Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-58411375691674876712011-02-06T14:03:00.003-02:002011-02-07T08:21:25.592-02:00My Way<div style="text-align: justify;">Quem muito fala, quem clama a Deus em gritos não ouve o que Deus tem a dizer, não sente o sussurrar do Seu Espírito. Orar é contemplar Deus. Contemplar é meditar. Meditar é entrar em silêncio na presença do Senhor, mergulhar Nele em segredo e se entregar na confiança de que Ele sabe o que é melhor para você. É uma atitude de gratidão diante da sabedoria do Criador. Uma entrega real de fé ao Mistério.<br />
Quando falo isso, deixo que você substitua a palavra Deus por Universo, Deusa, ou o que se encaixar melhor na sua crença, mas o que quero dizer é que o silêncio, o estar no presente, esse é o caminho para entendermos tudo o que tem para entender e nos entregarmos ao que não está ao nosso alcance.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBeXW7XN6mfrXUlGo5V5BfQp-d3dLHQaNWUY6U8wq7MV6h025AUgwDAjsJUMePAiz6U5wm1iy2hZn89-C08epF5HLijZVdzEb6bGdy9I25aTwY19yRXXTZqDA0dhosFCtNdmjF0HN51Z4/s1600/meditation.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBeXW7XN6mfrXUlGo5V5BfQp-d3dLHQaNWUY6U8wq7MV6h025AUgwDAjsJUMePAiz6U5wm1iy2hZn89-C08epF5HLijZVdzEb6bGdy9I25aTwY19yRXXTZqDA0dhosFCtNdmjF0HN51Z4/s400/meditation.jpg" width="400" /></a></div><div align="center" style="text-align: justify;"></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-44443866658446043772011-02-06T11:41:00.001-02:002011-02-06T11:43:57.451-02:00Convite: Benvindos ao Último Portal<div style="text-align: justify;">Penei, suei, apanhei um bocado, mas consegui, finalmente, entrar em uma edição da revista Portal, editada por Nelson de Oliveira. E não pense você que só porque a edição é rateada entre os autores, meu caro, que é fácil. Ao menos comigo não foi, para agradar o ganhador do Prêmio APCA 2010 eu tive que perdes algumas costelas, mas aconteceu e estou muito feliz, porque ou era agora, ou nunca. Sim, meus caros, quem entrou, entrou. Este é o último portal e para comemorar tal empreitada fenomenal organizamos um encontro na sempre fantástica biblioteca Viriato Corrêa. No dia 12 de fevereiro. Veja o convite e apareça, será, prometo, uma viagem sem precedentes. Harê!</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeBi2iXzVUyKl-Q6I8LXy6FQ5Rfywr6G26OZl8mfcsuAwwYamZ7en0GsXc74PV6OcR7_wBkE3XRWmxX4K60FgQovYrolpfWAfvApMnhInw5auygTsNaCmczbbFH9-qCQQt8cD1k4r_b0M/s1600/Convite1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeBi2iXzVUyKl-Q6I8LXy6FQ5Rfywr6G26OZl8mfcsuAwwYamZ7en0GsXc74PV6OcR7_wBkE3XRWmxX4K60FgQovYrolpfWAfvApMnhInw5auygTsNaCmczbbFH9-qCQQt8cD1k4r_b0M/s640/Convite1.jpg" width="322" /></a></div><div align="justify"></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-698188156892304558.post-25468054346669915422011-02-04T13:18:00.002-02:002011-02-04T13:38:05.316-02:00A volta de quem sempre esteve<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Boom, boom, boom! Destravei, onlainiei. Por falta de conexão agora sou Dial-up, Adsl, 3G, extra-corpóreo. Batizando o mundo com a possibilidade eu venho dizer que não me arrependo de ter sumido. Foi bom, carregar, retornar ao cu do que importa. E voltar, e não voltar. Com o inimigo compreendido, mas não vencido, porque sem uma boa briga as coisas perdem a cor, mas não briga de soco, o soco acaba no contato com a pele, não, a peleja se dá nas idéias, nos sentimentos que nascem dentro da gente e Boom, boom! Porque o carro que vai bater em você já bateu, a sua doença terminal já aconteceu, seu feliz final já se repetiu infinitas vezes nos ouvidos do mundo, no eco das coisas que acontecem o tempo todo ao mesmo tempo. Então pare de choramingar, é pra se borrar, se borre, mas não fique aí reclamando, ou reclame, mas com seriedade, com verdade, com coragem de mudar. Eu sei, sou santo de casa, o mestrado não está acabado, mas não está esquecido, a conta tem que ser paga, os quilos perdidos, os amigos visitados, a calha instalada, tudo isso será, está nas cartas. E tudo pode acontecer, mesmo já tendo acontecido, porque naquela bifurcação sempre tem uma roda da fortuna de ponta cabeça. E é nela que você tem que se segurar e ver onde vai dar, mesmo já tendo dado e se não entender, medite, sentado, em pé, limpando o vidro da sala. Medite e deixe o rio correr por dentro de você, vire água. Saudades, meu caros, saudade de tocar a pele de vocês, de beijar os rostos, de sentir o cheiro de fumaça dos carros. Estou por aqui, mesmo assim, meio acostumado com o off, ainda, mas estou. Gritem, não esperem, quem sabe nos lambemos dia desses. Benvindos ao ano do começo, do recomeço, da retomada, da invenção. Boom, boom, kaboom!</span></div>Claudio Briteshttp://www.blogger.com/profile/02898334360512246073noreply@blogger.com3